Noite emblemática reuniu a nata do Heavy Metal mundial com shows lotados no palco mundo e sunset.
Pra início de conversa, vamos combinar que a volta do dia do Metal no Rock in Rio foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, né? Me desculpe pros que não são tão fãs desse estilo, mas uma noite como essas é necessária nesse festival.
Sob o calor de 35º na cidade maravilhosa, os metaleiros invadiram o evento com toda a animação. Entre camisas do Iron Maiden, botas de couro e cabelos longos, havia muitas bandeiras de diversos estados brasileiros e países da América Latina. Os roqueiros foram recebidos às 14h pelas garotas do Nervosa, que abriu o Palco Sunset, quebrando tudo, inclusive preconceitos. Afinal, quem disse que mulher não pode tocar Heavy Metal, não é mesmo?
No Palco Mundo, a atração principal, Iron Maiden, fez um show incrível, repleto de elementos cênicos e figurinos caprichados. A fantasia em torno dos trabalhos da banda é criada sobre referências históricas e literárias, sempre ligadas a uma potente. Como foi o caso do hino "Fear of the Dark", em que Bruce Dickinson usou um traje do Fantasma da Ópera. Dickinson é um show a parte. A voz, o carisma e a maneira que comanda o espetáculo é admirável. Vale lembrar que os convidados principais da noite pediram para trocar o horário da apresentação com Scorpions.
Mesmo subindo no palco após os ícones do Iron Maiden, os alemães do Scorpions não deixaram a temperatura cair e fizeram um show repleto de sucessos, como "Send me an Angel", "Wind of Change" e "Rock you Like a Hurricane". Além disso, eles fizeram uma homenagem ao primeiro Rock in Rio (1985), em que o guitarrista Mathias Jabs tocou a música "Coast to Coast" com o mesmo instrumento usado em 1985, com referências à bandeira do Brasil. Foi um show muito emocionante. Não é a toa que foi considerada a melhor apresentação da noite.
As outras duas atrações -literalmente- da pesada foram o Sepultura, que abriu Palco Mundo e colocou o público pra pular nas rodinhas punk, e a anunciada despedida de Slayer, atração do Palco Sunset, que, na minha opinião, poderia estar no palco principal. Após 37 anos, Slayer anunciou a aposentadoria e fez o último show no Brasil. Os fãs puderam conferir uma verdadeira aula de Heavy Metal, com a grande presença de palco dos integrantes e um repertório bastante elétrico com os clássicos "Repentless", "South of Heaven" e "Seasons in the Abyss".
A segunda banda a subir no Palco Mundo, Helloween, mostrou toda a sua força na Cidade do Rock. Os músicos fizeram uma apresentação impecável e cheia de sons melódicos.
O dia do metal é praticamente uma tradição no Rock in Rio, aconteceu em todas as edições desde 2011, mas ficou de fora em 2017. Sob protestos do público metaleiro, esse dia retornou e mostrou que tem muita força, já que os ingressos para o dia 4 foram os primeiros a esgotar.
Eu amei muito esse dia e tenho certeza de que fiz a escolha certa. Sempre foi um sonho poder conferir o Iron Maiden ao vivo e, definitivamente, eles não me decepcionaram. Além disso, sou bastante fã do Scorpions e fiquei arrepiada e bastante emocionada do início ao fim. As outras bandas foram incríveis e o público do Metal está de parabéns. São as pessoas mais educadas que eu tive contato nos festivais que eu já fui.
Já estou com saudade, Rock in Rio! Nos vemos em breve!
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