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Foto do escritorLudi Villalba

O dia que eu conheci Ringo Starr

Se você leu a matéria "Eu e a Música", deve saber que a minha ligação com a música vem de muito tempo. Eu estou acostumada a querer tocar e cantar canções que eu gosto e de bandas que eu sou fã. Mas no caso dos Beatles, isso não acontece. Acho que eles são tão importantes pra mim e eu os vejo como algo tão incrivelmente indescritível, que eu simplesmente não me sinto apta e nem no direito de cantar as músicas deles e sim, apenas apreciar. Talvez isso mude em algum dia, mas no momento essa é a minha teoria.

Então pelo título você deve imaginar que talvez eu tenha surtado? Ou quem sabe ficado em choque e sem reação? Ou extremamente feliz? Ou bem provavelmente que tenha sido uma mistura de sentimentos? Então vamos lá...


Eu sabia que o Ringo faria shows em São Paulo e no Rio de Janeiro no fim de fevereiro de 2015. Fiquei muito animada, mas era apenas uma estudante de comunicação na época e, por isso, não sabia se teria dinheiro para comprar o ingresso (universitários, vocês entendem esse sofrimento, certo?). Com isso, esperei mais próximo da data para saber o que faria.


Uma semana antes do show, numa sexta-feira como outra qualquer, cheguei do estágio e simplesmente me joguei na cama para hibernar (provavelmente pelo fim de semana todo). Estava no meu sono de princesa, até que meu pai bateu na porta do meu quarto com o sorriso de orelha a orelha, segurando o telefone, e falou: “você quer conhecer o Ringo?”. Eu estava tão cansada e tão 100% entregue ao meu sono, que a minha reação foi exatamente essa: “de quem você tá falando? Me deixa dormir.”


Talvez você esteja pensando que eu sou louca ou que talvez eu tenha tomado uns gorós e não estava raciocinado direito sobre a preciosidade que meu pai estava falando, mas eu juro que era apenas cansaço. Acho que nessa hora o meu pai ficou meio sem entender nada, até que ele falou: “Ludi, Ringo Starr, ex-beatle...”. Daí eu voltei ao meu estado normal de consciência e dei um pulo da cama fazendo diversas perguntas e, claramente, aceitando essa oportunidade.


A semana passou, até que chegamos na outra sexta-feira, dia 27 de fevereiro de 2015. Fui na faculdade, estágio, vida normal, mas lembro que não tinha comentado com ninguém sobre o que estava prestes a acontecer, porque eu acredito que, em algumas situações, quanto mais em silêncio você ficar, é melhor. Eu e meu pai chegamos no Vivo Rio e fomos para uma sala com convidados. Até aquele momento eu estava bem tranquila. Nunca fui uma pessoa de surtar ou entrar em choque quando conhecia alguém importante, famoso ou que eu fosse fã. Até que deu uma hora em que os -apenas- dez convidados com direito a meet&greet foram levados para uma outra sala.

Quando chegamos nesse outro local, veio um homem da produção falando para não abraçarmos o Ringo, não cumprimentarmos, porque correria o risco dele nos dar o cotovelo (SIM! O cotovelo!) e que só era para nos comunicarmos caso ele falasse com a gente. Confesso que nessa hora fiquei meio decepcionada achando que o cara fosse o maior nariz em pé da história, mas não deixei me abalar.


Fizemos uma fila, lembro que eu estava conversando com o meu pai, até que eu escutei uma voz super animada passando pelos convidados falando: “Hello guys!”. Sim! Era ele! Ringo Starr! Já foi se posicionando para as fotos. Naquele momento eu virei para o meu pai e disse: “Lembra que eu falei que não tava nervosa? Então, talvez agora eu esteja com um frio na barriga”.


Enquanto estava na fila, eu fiquei focada em seguir absolutamente T-U-D-O o que o homem da produção tinha falado. Até que chegou a nossa vez. Fui igual uma vara verde caminhando em direção ao Ringo e, para a minha surpresa e felicidade, ele foi SUPER simpático! Perguntou como eu estava, me abraçou (SIM! RINGO FUCKIN STARR ME ABRAÇOU) e ainda elogiou o meu cordão com um pingente de clave de sol. Fizemos a foto que, como vocês podem ver aqui em baixo, ficou muito boa e depois eu e meu pai fomos direto para a pista VIP assistir ao show. Eu estava tão anestesiada que um pessoal da Rádio Cidade viu que tínhamos saído do backstage e perguntou como tinha sido conhecer o Ringo. A única coisa que eu falei foi: “Ele elogiou o meu cordão”. E saí andando! Toda vez que eu lembro dessa parte eu tenho crise de riso, porque eu estava completamente em choque e idiota com tudo o que tinha acontecido.

Meu pai, Ringo e eu

Depois assistimos ao show incrível, com uma banda super renomada de veteranos do rock. Além das músicas do grupo, Ringo fez questão de lembrar ao público a sua contribuição para o sucesso dos Beatles, tocando algumas das músicas em que fez parte, como “Yellow Submarine”, “I Wanna Be Your Man” e “With a Little Help From My Friends”.


Foi um privilégio conhecer o Ringo Starr, um momento único e inesquecível. O show também foi incrível. Ringo é um artista que transmite jovialidade e competência no que faz, transbordando alegria e contagiando todos da All Star Band e do público. Como ele mesmo diz, no fim, tudo é paz e amor.

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