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Foto do escritorLudi Villalba

Cazuza: 30 anos sem o poeta atemporal


Um grande artista com alma de menino. Dono de um sorriso fácil, Cazuza marcou a geração dos anos 80 com as suas músicas íntimas e, ao mesmo tempo, carregadas de críticas ao sistema.


O cantor morreu precocemente em 1990, com apenas 32 anos, enquanto lutava contra o HIV. Mas as suas canções com letras atemporais continuam mais vivas do que nunca na memória de cada fã que ele conquistou e conquista até hoje.


Como ele mesmo disse, “o tempo não para...”, e lá se passaram 30 anos de sua morte. Por isso o Just Play! separou 15 curiosidades sobre esse músico e poeta icônico que foi o Cazuza:


1) O nome verdadeiro de Cazuza era Agenor de Miranda Araújo Neto. No Nordeste, a palavra “Cazuza” significa “Moleque” e era assim que o seu pai o chamava. Tanto que o artista foi acostumado a ser chamado de Cazuza desde antes de nascer que ele não respondia à chamada da escola quando o chamavam de Agenor.


2) Entre os amigos, Cazuza era chamado de Caju. Com o tempo, ele ganhou um “complemento” nesse apelido: Cazuza Escalibur.


3) Com dificuldades para conseguir descobrir a sua vocação, foi somente ao se formar no grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" que percebeu que sua vida era cantar.


4) Cazuza amava cinema. Ele tinha o hábito de ir ao cinema, muitas vezes sozinho, à tarde. O cantor se emocionava com facilidade com as cenas. Ele também assistia muitos filmes em casa, a ponto de não ter mais nenhum filme na locadora para alugar, já que tinha visto todos.


5) Quanto à bebida alcoólica, Cazuza bebia de tudo. Mas o uísque era indispensável. Ele costumava carregar uma garrafa de uísque para qualquer lugar que fosse. Quando não queria ficar doidão, colocava água na bebida e bebia aos poucos.


6) Antes da carreira musical, Cazuza prestou vestibular para o curso de Comunicação Social, foi aprovado, mas abandonou a faculdade com menos de um mês de aulas. Ele também fez um curso de fotografia de sete meses na Universidade de Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos.


7) Cazuza compôs “Codinome Beija-Flor” enquanto estava deitado em uma maca no hospital e confundiu uma andorinha com um beija-flor. Ele chegou a pensar em mudar o nome da música para “Codinome-Andorinha”, mas essa ideia nunca foi pra frente (graças a Deus!).


8) Cazuza foi indicado por Léo Jaime para ser vocalista do Barão Vermelho. No primeiro ensaio ele foi aprovado. Até então, o grupo era formado por Frejat na guitarra, Dé no baixo, Maurício Barros no teclado e Guto Goffi na bateria.


9) O primeiro show do Barão Vermelho foi em um festival num condomínio na Barra da Tijuca com o Cazuza bêbado.


10) Antes de entrar para o Barão Vermelho, Cazuza chegou a fazer teste para entrar na banda de Lobão. Mas na hora de cantar a timidez falou mais alto e ele não conseguiu.


11) Cazuza fazia shows extremamente intensos, às vezes sob muito efeito de álcool e drogas.


12) Em novembro de 1985 foi lançado Exagerado, primeiro disco solo do Cazuza.


13) Nesse mesmo ano, Cazuza passou a ter febre quase todos os dias, indícios do vírus HIV que acabou se agravando mais tarde.


14) Quando entrou no estúdio para gravar o disco duplo Burguesia, Cazuza ainda andava. Por conta da doença, ele foi ficando fraco e teve que usar cadeira de rodas. Gravava sentado ou deitado, muitas vezes com febre alta. O tecladista João Rebouças foi o único músico que aguentou esse momento complicado até o final, no estúdio junto com Caju.


15) Em apenas 9 anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.


Ninguém tem dúvidas de que o Cazuza foi um artista incrível que deixou seu legado em forma de arte atemporal. Suas músicas marcaram uma época, marcam a geração atual e continuarão marcando no futuro.


Canções que criticam duramente a política brasileira estão mais atuais do que nunca com toda a crise que o país está vivendo. Cazuza continua atual ao falar do desprezo pela direita.



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