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Foto do escritorLudi Villalba

50 anos sem Janis Joplin


No dia 4 de outubro de 1970, Janis Joplin era encontrada sem vida no quarto de hotel em Los Angeles, vítima de overdose de heroína, entrando assim, para o tal macabro “clube dos 27”.


Janis Joplin foi uma das primeiras estrelas femininas no mundo do rock, sendo capaz de quebrar a barreira masculina. Com a alma entregue ao blues, a cantora foi uma das maiores artistas de todos os tempos, segundo a revista Rolling Stone, sendo capaz de vender mais de 15,5 milhões de álbuns só nos Estados Unidos.


Nascida na cidade conservadora Port Arthur, Texas, no dia 19 de janeiro de 1943, Janis aprendeu a ler antes de ir para a escola. Aos 14 anos, ela foi vítima de bullying por ser gordinha e ter espinhas. Joplin começou a cantar aos 17 anos e, segundo ela, foi uma grande surpresa esse talento. Pode-se dizer que a artista descobriu a voz poderosa por acaso.


Conforme foi crescendo, Janis resolveu mudar a sua aparência. Pintou o cabelo de laranja e passou a usar roupas masculinas. Os pais costumavam dizer para os filhos não se relacionarem com ela, pois era uma má influência.


Com 18 anos, Janis Joplin se mudou para Califórnia, lugar que estava muito mais avançado culturalmente que Port Arthur. Infelizmente ela não conseguiu vencer os desafios de morar sozinha e voltou para a casa dos pais no Texas.


Entre Califórnia e Texas, Janis começou a se apresentar em barzinhos. A voz forte com influência do blues era conflitante, porque aquele estilo não era para pessoas brancas, mas ao mesmo tempo, ela não era preta.


Com o repertório e voz R&B, Joplin entrou para o primeiro grupo musical, chamado Waller Creek Boys. Através dessa oportunidade, ela fez as primeiras apresentações públicas grandes e chamou atenção de muitas pessoas.


Em 1963, Janis se mudou para São Francisco com o guitarrista Jorma Kaukonen, onde se tornou ícone do movimento hippie e transformou a cena musical. Nos anos seguintes, a cantora participou de algumas bandas, entre elas, a Brother and the Holding Company, com quem lançou dois discos.


Depois de sair do grupo, Joplin foi buscar carreira solo com uma banda de apoio, onde lançou um disco e, após a morte, ela ainda teria um disco póstumo.


Apesar de todo o sucesso e revolução, a carreira de Janis Joplin foi relâmpago, durando apenas cinco anos, resultando em milhões de álbuns vendidos, reconhecimento mundial e uma vida destrutiva devido ao uso de drogas.


Por beber whiskey no palco, ela foi proibida de se apresentar em Houston e também no Texas. Em sua cidade natal, era perceptível que a artista também não era bem-vinda. Seus pais conservadores ficavam extremamente irritados ao vê-la bebendo e gritando obscenidades no palco. Apesar disso, sempre a apoiaram até o fim.


Em 4 de outubro de 1970, Janis Joplin não apareceu para uma gravação marcada em Los Angeles. Na época, ela trabalhava com a banda Full Tilt Boogie no álbum Pearl. Ao procura-la no hotel, um colega a encontrou morta devido a overdose. Ela faleceu apenas duas semanas após a morte do lendário guitarrista Jimi Hendrix que também tinha 27 anos.


Alguns dias antes da tragédia, Janis tinha assinado o seu testamento, deixando uma grande quantia de dinheiro para o velório e o resto para os pais.

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