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Foto do escritorLudi Villalba

5 artistas pretos que fizeram história na música

A influência black é perceptível em grande parte dos gêneros musicais. Muitos artistas da atualidade se inspiram totalmente nesses músicos que mudaram completamente o rumo da música. Por isso, o Just Play! resolveu falar um pouco sobre 5 artistas que fizeram história.


Bob Marley


Símbolo da cultura reggae e Rastafári, Bob Marley vendeu mais de 75 milhões de discos e é considerado o maior artista do Terceiro Mundo, ou seja, de países de extrema pobreza.


Bob Marley foi um cantor, compositor e guitarrista jamaicano, responsável por tornar o reggae um ritmo conhecido mundialmente. Foi também um dos maiores representantes do movimento religioso Rastafári.


O artista morreu em Miami, no dia 11 de maio de 1981, vítima do câncer. Seu funeral teve honras de chefe de estado e a data de seu nascimento é feriado nacional na Jamaica.


Dono de vários sucessos, inclusive da marcante e emocionante “Redemption Song”, que é considerada o “canto do cisne” de Bob Marley. Ao contrário da maioria de suas músicas, esta teve somente um solo acústico com o próprio Marley cantando e tocando seu violão.


Quando Marley escreveu a canção, por volta de 1979, ele já havia sido diagnosticado com câncer, o que mais tarde viria a mata-lo. De acordo com sua esposa, Rita Marley, “ele já estava sentindo fortes dores, uma característica que é evidente no álbum, especialmente nesta canção”.


A letra da canção é derivada do discurso do ativista jamaicano Marcus Garvey, considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro. Garvey foi o principal idealista do movimento de “volta para a África”. Na realidade, ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a “redenção” da África, e para que as potências coloniais europeias desocupassem a mesma.


“Redemption Song” é a última canção do nono e último álbum em vida de Bob Marley & The Wailers, chamado Uprising (algo como “Revolta”).

Jimi Hendrix


Pode-se dizer que Jimi Hendrix estava além de seu tempo. O maior guitarrista da história tornou-se um verdadeiro símbolo do Rock n Roll na década de 60, época em que o gênero já havia se tornado um estilo branco. Nascido em Seattle, nos EUA, formou-se como guitarrista tocando nas bandas de apoio de artistas como Little Richard e BB King.


Jimi atingiu o sucesso ao se mudar para a Inglaterra em 1966. No território inglês, ele lançou em 1967 o aclamado “Are You Experienced?”, considerado um dos maiores álbuns do rock psicodélico. Uma característica marcante e que chamou a atenção de todos foi a facilidade em viajar por ritmos distintos como o jazz, blues e o funk e pelo ímpeto criativo para produzir solos de guitarra memoráveis, como nas músicas Red House, Voodoo Child e Little Wing. Com o estilo espacial e moderno, Jimi deixou um legado indispensável à humanidade enquanto músico, guitarrista e poeta.


Autodidata e canhoto, o músico tocava uma guitarra Fender Stratocaster para destros com as cordas invertidas. Revolucionou a maneira de tocar guitarra, desenvolvendo o uso da alavanca e principalmente dos pedais conhecidos como wha-wha. Mais do que isso, colocou a figura do guitarrista como principal personagem nas bandas de rock. Seus solos e riffs foram uma das principais raízes para o nascimento do heavy metal.

Milton Nascimento

Milton Nascimento é um cantor e compositor brasileiro. Pode-se dizer que é um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.


Despontou nos anos de 1960, quando foi classificado no II Festival da Canção, da Rede Globo, com as músicas Travessia, Morro Velho e Maria, Minha Fé. Percorreu uma trajetória que conta hoje com 29 discos, inúmeros shows pelo Brasil e pelo mundo e parcerias com músicos como Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Gal Costa, Carlinhos Brown, Gilberto Gil e Elis Regina.


Conquistou o Oscar da música popular norte-americana, o Grammy, em 1998, com o álbum Nascimento (1997). Sua música, definida por ele mesmo como world music, é um sincretismo de estilos, onde mistura jazz, blues, rock e música latina, e temas, como sua terra, Minas Gerais, a negritude e o cristianismo.

Elza Soares

Elza é dona de uma voz potente, começou a cantar com o pai aos cinco anos, tendo o seu talento reconhecido para a música desde cedo. Aos 13 anos, ela deixou Ary Barroso de queixo caído, no programa de calouros da Rádio Tupi, sendo a primeira vez que cantava em público. Infelizmente demorou a fazer sucesso, já que sua família era contra a carreira artística, além de vir de um lugar extremamente pobre.


Intérprete de músicas fortes e extremamente politizadas, Elza é conhecida como “Deusa Negra”. Ela se reinventou na carreira cantando que "a carne mais barata do mercado é a carne negra". Já no álbum "Planeta Fome", lançado em 2019, a artista avisa que a tal carne não está mais de graça. "Vale uma tonelada", responde com a mesma potência.


Para ela, não cabe mais repetir que o preto tem pouco valor. Elza sabe quanto custam sua pele, cor e trajetória. Reconhecida como a melhor cantora do milênio pela BBC, em 1999, ganhou prêmios como o Grammy Latino por "A Mulher do Fim do Mundo", de 2015. Foi com esse álbum que a cantora deixou para trás o velho título de rainha do samba para ser aclamada por fãs e críticos como porta-voz de bandeiras políticas musicais e diva de uma nova cena contemporânea: "Sou negra e maravilhosa. Elza Soares. A deusa, a negra”.

Aretha Franklin

Aretha foi considerada a rainha do Soul e a segunda mulher com mais Grammy na história. O legado de Aretha se estende por seis décadas e mergulha nos gêneros pop, rock e ópera com excelência.


Com 10 anos, Aretha começou a cantar na igreja de seu pai. Em 1956, com 14 anos, gravou seu primeiro disco gospel intitulado “Songs of Faith”, conseguindo rapidamente destaque no meio gospel. Em 1960 foi contratada pela Columbia Records que pretendia transformá-la em uma diva do jazz e do blues. Mesmo com a voz poderosa, ela não chegou a fazer muito sucesso. Nessa época, lançou nove discos, entre as músicas destacam-se: “Today I Sing The Blues”, “Cry Like a Baby”, “Sweet Bitter Love” e “Rock-a-Bye Your Baby With a Dixie Melody”, que permaneceu entre as 40 músicas mais tocadas na época.


O sucesso de Aretha só veio sete anos depois, quando em janeiro de 1967, assinou com a gravadora Atlantic Records e no mesmo mês lançou “I Never Loved a Man” (The way I Love You). Em fevereiro, a música chegou às paradas de R&B conquistando o 1º lugar, e atingindo a 9ª posição na Billboard Hot 100.


Em 1967, relançou “Respect”, escrita por Otis Redding, que se tornou o maior sucesso de sua carreira e logo se tornou conhecida nos Estados Unidos e na Europa como “Lady Soul”, um símbolo do movimento negro. Aretha transformou essa música um hino político e feminista, que passou duas semanas no topo da Billboard Hot 100. Em 2004, a revista Rolling Stone coroou a canção como a quinta melhor de todos os tempos, ficando atrás apenas de Bob Dylan, Rolling Stones, John Lennon e Marvin Gaye.

Em 1979, Aretha foi homenageada com uma estrela na calçada da fama em Hollywood. Em 1987, foi a primeira mulher a entrar para o Hall da Fama do Rock and Roll. Em 2005, ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade do presidente George W. Bush. No dia 20 de janeiro de 2009, Aretha cantou o hino religioso “My Country, 'Tis of Thee” na cerimônia de posse do presidente Barack Obama.


Precisamos reconhecer de uma vez por todas o protagonismo preto! R-E-S-P-E-C-T

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